[Resenha] Harry Potter e a Pedra Filosofal
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"Não faz bem viver sonhando e se esquecer de viver, lembre-se."
- Alvo Dumbledore
Deveria ser só um livro para crianças, mas há anos as aventuras de Harry Potter conquistam pessoas de todas as idades em todo o mundo, quebrando paradigmas, crenças e estimativas.
Harry é um garoto de 10 anos que vive com os tios após a morte dos pais em um acidente de carro. Vivendo sob maus tratos e rejeitado pela família, o menino cresce sentindo-se só e desamparado. Próximo a data de seu 11º aniversário, coisas estranhas começam a acontecer: cartas passam a ser encaminhadas para o garoto e por algum motivo os tios o proíbem de ler seu conteúdo.
Na noite de seu aniversário, Harry recebe uma visita inesperada: um gigante chamado Rúbeo Hagrid. Ele conta ao menino toda a verdade sobre sua história, que os pais não haviam sofrido um acidente, mas tinham sido assassinados, que a origem de sua cicatriz na testa em forma de raio era a marca que o assassino deixou quando tentou matá-lo e que ele, assim como seus pais, Lilian e Tiago Potter, não era um menino comum. Harry Potter é um bruxo e uma das personalidades mágicas mais conhecidas em seu mundo.
A partir de então, o menino com os olhos de sua mãe começa a frequentar a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, um lugar mágico, cheio de segredos e mistérios, com professores e aulas peculiares. Ali, Harry irá descobrir sua origem, fazer amigos, aprender coisas novas e enfrentará, mais uma vez, o Lorde das Trevas, Voldemort.
Nesse primeiro livro, através da narrativa em terceira pessoa, você é apresentado aos personagens, à Escola, as regras. A autora consegue encaminhar o arco narrativo dos personagens com maestria, amarrando cada ponta para que ela consiga desenvolver a continuação da história nos demais volumes.
J. K. trabalha com personalidades, define muito bem cada uma delas e no decorrer da narrativa as evolui pouco a pouco, de forma gradativa, afinal vamos acompanhar esses personagens durante sete anos de suas vidas. Porém, é palpável as transformações ocorridas em cada um deles, do início desse primeiro exemplar até a sua conclusão.
Mais do que um simples livro infantil, Harry Potter e a Pedra Filosofal passeia por discussões cotidianas. J. K. Rowling coloca em pauta temas como abusos e maus tratos de crianças, os preconceitos da sociedade e até mesmo a divisão de classes. A autora cria com genialidade situações análogas dentro da trama.
A narrativa instiga quem a lê ao pensamento crítico e a construção de valores, já nesse primeiro volume, de forma um pouco mais sútil que nos demais, é possível se deparar com questões como o preconceito entre ricos e pobres (Malfoys x Wesleys), a discriminação pelos chamados mestiços ou nascidos trouxas (que pejorativamente, são chamados de sangue ruins), a noção de inveja, o egoísmo, a busca pela perfeição e a competição de uma forma nada saudável.
Harry Potter e a Pedra Filosofal nos traz, na visão de um menino, a descoberta do novo, o sentimento de saudade, nos conta como um garoto acostumado com a rejeição e os restos lida com um cenário totalmente diferente, onde não lhe falta nada e é conhecido e respeitado por todos. Narra sob a perspectiva de uma criança a coragem, a construção de uma amizade, a eterna batalha travada entre o bem e o mal e a superação dos limites de um menino que sobreviveu e deverá enfrentar novamente seu maior inimigo.
2 comentários
Adorei a resenha,nunca li o livro mas só suspeita a o falar que adoro o filme (já assisti várias vezes)a história é realmente muito interessante é eu amo, diria que é o meu filme coringa
ResponderExcluirAdorei o post
Suas resenhas são maravilhosas e de fácil compreensão. Assisti todos os filmes da saga de Harry Potter, porém, acho que os livros são mais intensos.
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