[CinematekaDaFani] O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (Le Fabuleux Destin d’Amélie Poulain, 2001)
23:51Citação favorita da Fani:
Homem do Retrato: Ela está apaixonada!
Nino Quincampoix: Mas eu nem a conheço!
Homem do Retrato: Ah, você a conhece, sim.
Nino Quincampoix: Desde quando?
Homem do Retrato: Desde sempre. Dos seus sonhos.
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Bom, hoje sendo segunda-feira (e principalmente essa, depois de um feriado prolongado), é dia da resenha do Cinemateka da Fani. O filme da vez é uma comédia romântica francesa, lançado em 2001 e vencedor do BAFTA de 2002 como Melhor Roteiro Original e Melhor Desenho de Produção. Hoje iremos falar sobre “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” (Le Fabuleux Destin d’Amélie Poulain, 2001)
Sinopse:
Após deixar a vida de subúrbio que levava com a família, a inocente Amélie (Audrey Tautou) muda-se para o bairro parisiense de Montmartre, onde começa a trabalhar como garçonete. Certo dia encontra uma caixa escondida no banheiro de sua casa e, pensando que pertencesse ao antigo morador, decide procurá-lo e é assim que encontra Dominique (Maurice Bénichou). Ao ver que ele chora de alegria ao reaver o seu objeto, a moça fica impressionada e adquire uma nova visão do mundo. Então, a partir de pequenos gestos, ela passa a ajudar as pessoas que a rodeiam, vendo nisto um novo sentido para sua existência. Contudo, ainda sente falta de um grande amor.
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Eu vou começar essa resenha de maneira diferente, eu vou começar já dando o meu veredicto: Se existe alguém no mundo
O filme se inicia com o narrador nos contando acontecimentos aleatórios, porém simultâneos à fecundação da pequena Amélie. Após o nascimento, o foco da narrativa passa a ser a infância da personagem-título, sua relação com os pais, suas desventuras, a falta de contato com outras crianças e a sua amizade e interação com um peixe de estimação que, devido a estranheza da família, constantemente efetua tentativas de suicídio.
Então, em 1997, finalmente, a vemos crescida, morando num apartamento no bairro de MontMartre e trabalhando como garçonete no café “Les 2 Moulins” (um lugar ainda muito visitado por fãs do filme, especialmente por ainda ser casa do famoso anão de jardim que aparece na trama). A vida de Amélie começa a mudar quando a garota, assistindo ao noticiário, descobre sobre a morte de Lady Di e acaba se perturbando e derrubando um objeto no chão. Esse objeto, por sua vez, bate em um ladrilho revelando o esconderijo onde o antigo morador do apartamento havia escondido uma caixinha de “tesouros” quando criança.
A moça se determina a entregar a caixinha ao antigo dono anonimamente. Após concretizar a entrega e percebendo a alegria que a recuperação do objeto perdido leva ao homem, Amélie descobre o gosto em ajudar pessoas. E é em meio a pequenos atos realizados pela moça e seus estratagemas para ajudar os demais, que ela acaba se apaixonando à primeira vista por um rapaz tão “estranho” quanto ela.
Amélie Poulain é uma personagem que, até aquele momento, o cinema jamais havia apresentado ao público. O enredo trabalha de forma delicada e envolvente a construção do perfil de cada personagem, desde os pais de Amélie até os frequentadores do café, os funcionários e os moradores do prédio da garota. Nos é traçado esses perfis com informações que o narrador nos cede sobre quais os gostos de cada uma dessas personagens.
O desenvolvimento da personagem principal no decorrer da trama é palpável. É de forma sutil e cômica que vemos a garota que seguia todas as ordens neuróticas dos pais se tornar uma mulher antissocial e um simples gesto desencadear um novo modo de ver o mundo, como se ela redescobrisse a vida e usasse isso para influenciar positivamente as vida das pessoas ao seu redor.
Em questões mais técnicas, a trilha sonora não deixa a desejar em absoluto, há uma combinação com o ambiente, à época, o clima das cenas e elas estampam muito bem a identidade francesa do longa. Quanto a fotografia, é extremamente impecável a utilização de cores fortes e vibrantes, quase que brigando por atenção na tela, intensificando a sensação fantástica do filme em sintonia com sequências que nos remetem ao próprio estilo fantástico como, por exemplo, a cena logo acima, onde o Nino está conversando com o homem do retrato. Essa influência do fantástico é característica do diretor do longa Jean-Pierre Jeunet. Uma curiosidade: A escolha das cores utilizadas na fotografia do filme foram inspiradas nas obras do artista plástico brasileiro Juarez Machado.
“O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” é constituído por amizades que se consolidam, benfeitorias realizadas, punições e peças pregadas, sentimentos construídos e, acima de qualquer coisa e principalmente, de pequenos prazeres. É um longa que te faz, de alguma maneira, redescobrir os prazeres cotidianos, os pequenos gestos que nos trazem a satisfação como, por exemplo, sentir a sensação que causa enterrar os dedos bem fundo em um saco de grãos. Amélie nos faz redescobrir com sua doçura que os motivos da nossa felicidade são mais frequentes e simples do que pensamos, percebemos e acreditamos. E o romance? Bem, o romance é um desses pequenos prazeres cotidianos.
Então, está fazendo o que aqui até agora?! Já pra sala assistir esse filme, porque pra mim ele já entrou na lista dos favoritos e dos que merecem ser vistos e revistos quantas vezes forem possíveis.
2 comentários
Esse filme é puro amor <3 Gosto muito. Não sabia essa curiosidade, adorei!
ResponderExcluirBeijos
www.purpurinaacida.com
Esse é o meu filme favorito de todos os tempos, comprei o DVD e nem me lembro mais quantas vezes já o assisti, é um filme que recomendo para todo mundo também. Adorei o post!
ResponderExcluirBeijos
Bluebell Bee
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